Aki passaram...

22/11/10

Repensar os resíduos, começar pela prevenção!

II Semana Europeia de Prevenção de Resíduos

Já pensaste no monte de resíduos que cada um de nós produz?


Pois é! No mundo há cada vez mais habitantes e muita gente consome cada vez mais, aumentando a sua pegada ecológica... Cada cidadão europeu esgota 1000 kg de recursos por semana para fabricar os produtos consumidos.
Em média, na UE, o que acontece aos nossos resíduos? 17% são compostados, 22% são reciclados e 20% são incinerados. Os restantes, mais de 40%, vai para aterro!


A solução passa por:
  1. constatar que há mais resíduos; tomar consciência desse problema; a separação/reciclagem não o resolve.

  2. produzir melhor; melhor concepção e produção (melhores e menos matérias-primas, aplicar eco-design e fabrico ecológico) diminuindo a produção de resíduos em todas as etapas.

  3. consumir melhor; escolher bem, por exemplo evitar excesso de embalagens e optar por recargas, doses familiares, produtos reutilizáveis, produtos com rótulos ecológicos e com eco-design.

  4. prolongar a vida dos produtos; reparar os produtos, reutilizá-los, vender-doar-trocar produtos.

  5. eliminar menos resíduos; verificação de datas de validade, esvaziar totalmente embalagens, dosear correctamente as operações, fazer a compostagem, ...
A pensar em tudo isto, o Curso Profissional Técnico de Gestão do Ambiente resolveu pôr mãos à obra e, agora que aborda os módulos de resíduos, repensa esse problema e adere à II EWWR, European Week for Waste Reduction.

Ao longo desta semana:

A - mostram-se os cartazes e folhetos sobre ciclos de materiais elaborados pela turma;

B - fazem-se jogos no recreio, nos intervalos, e discutem-se os 4R e a sua ligação à prevenção de resíduos;

C - divulgam-se as formas de prevenção de resíduos;

D - divulgam-se livros sobre temáticas ambientais, em especial sobre hábitos de consumo, práticas ambientais e novos produtos (amigos do ambiente);

E - iniciam-se campanhas de sensibilização sobre os demasiados resíduos existentes e a sua forma de gestão e de prevenção, com especial destaque para já para a campanha ECO EDP, com troca gratuita de lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras fluorescentes compactas (LFC);

F - divulgam-se empresas ligadas ou instaladas no Eco Parque do Relvão, as suas actividades no "mundo" da gestão de resíduos e perspectivas de prevenção de resíduos;

15/11/10

Processos de tratamento de águas - Exercícios

1. Arejamento.
a) Indique duas formas de conseguir o arejamento da água.
b) Indique duas localizações diferentes para a etapa de arejamento e justifique-as.
c) Para que tipo de águas captadas é mais necessário proceder a arejamento? Justifique.
d) Indique 4 processos de tratamento que possam estar envolvidos na remoção de ferro e de manganésio.

2. Sedimentação.
a) Em que consiste a sedimentação numa ETA?
b) Distinga entre sedimentação floculenta e sedimentação em manto.
c) Indique duas vantagens e duas desvantagens das bacias de sedimentação rectangulares quando comparadas com as bacias de sedimentação circulares.
d) Em que zona do decantador e para que se efeitos se deve juntar carvão activado de macroporos? Por que não se adiciona antes na câmara de mistura rápida?

3. Filtração.
a) Por que se diz que a filtração é um processo de afinação da qualidade da água?
b) Que tipo de filtração é mais usado nas ETA? Justifique.
c) Comente: O carvão utilizado na filtração é sempre num leito de monocamada e activado.
d) Indique a constituição de um leito de camada simples e alguns tipos de materiais de enchimento (camada filtrante).
e) Indique algumas vantagens de utilização de leitos de dupla ou multicamada.

4. Desinfecção.
a) Quais são os dois agentes químicos oxidantes mais usados na desinfecção da água nas ETA?
b) Indique duas razões para que, numa pré-desinfecção, se utilize radiação UV em vez de ozono. E para se utilizar ozono em vez de radiação UV?
c) Indique 4 agentes que efectuem a cloração da água. Qual(is) desse(s) não produz(em) trihalometanos?
d) O que é o cloro residual combinado? E o cloro residual livre?
e) Explique o que sucede ao cloro residual à medida que se adiciona hipoclorito de sódio à água (em cada uma das 4 zonas do gráfico seguinte).

5. Desmineralização
a) Quais os 2 métodos mais utilizados no amaciamento da água? Em que consistem?
b) O processo de coagulação pode ou não ser entendido como uma desmineralização? Justifique.
c) Há processos com ozonização combinada com arejamento e seguida por filtração em leito de carvão activado. Por quê essa combinação e sequência?
d) Distinga entre os dois processos de dessalinização: osmose inversa e electrodiálise.
e) Como classifica o módulo membranar da figura seguinte? Que outros tipos de módulos conhece para o processo de osmose inversa?

Nota: A osmose inversa é um processo de alta tecnologia que utiliza membranas desenvolvidas especialmente para eliminar com grande eficiência sais dissolvidos (cálcio, magnésio, cloretos, sulfatos, fluoretos, sódio, alumínio, nitratos, entre outros), pesticidas, dureza, alcalinidade, cor, bactérias, protozoários, vírus, colóides, sílica, contaminantes orgânicos e e impurezas presentes na água, através da passagem pelas membranas especiais sob alta pressão, alcançando alto grau de pureza.

08/11/10

Águas residuais - legislação II

Alterações introduzidas pelo DL nº 149/2004 de 22 de Junho


1 - Nos estudos desenvolvidos pelo Instituto da Água (INAG) ao abrigo do n.o 2 do artigo 3.o do Decreto-Lei n.o 152/97, de 19 de Junho, em estreita cooperação com algumas universidades portuguesas, os critérios aplicados para identificação de zonas sensíveis visaram, essencialmente, o combate à eutrofização e a necessidade de adoptar um tratamento mais avançado do que o tratamento secundário, permitindo o cumprimento do disposto na legislação comunitária aplicável em matéria de águas, bem como a redução da poluição microbiológica.
2 - Com o objectivo de proporcionar uma correcta orientação na selecção do tipo de tratamento a instalar, optou-se por incluir na lista de identificação (revista) das zonas sensíveis os critérios que, para cada zona, determinaram a respectiva identificação.
3 - Por virtude da aplicação do princípio da precaução, as descargas de águas residuais de dimensão inferior a 10 000 e. p., quando realizadas directamente na zona sensível ou na respectiva área de influência, devem estar sujeitas às mesmas exigências que são aplicadas às descargas de águas de dimensão superior a 10 000 e. p. efectuadas nas mesmas condições.


Alterações introduzidas pelo DL nº 198/2008 de 08 de Outubro

O Instituto da Água, I. P., em cooperação com as entidades licenciadoras, procedeu a uma análise sistemática dessas zonas, mediante o recurso a instrumentos de modelação e aos dados analíticos existentes sobre a qualidade dos meios receptores.

1 - Tendo presente que a Directiva n.º 91/271/CEE, do Conselho, de 21 de Maio, tem como objectivo, para além da preservação dos ecossistemas aquáticos, a protecção do homem dos efeitos nocivos provocados pelas descargas de águas residuais urbanas, bem como assegurar, enquanto directiva instrumental da Directiva Quadro da Água, a obtenção, até 2015, do bom estado ecológico das massas de água, definiu -se como área de influência destas zonas a bacia hidrográfica da zona sensível, excluindo nalguns casos a bacia hidrográfica correspondente ao limite de montante da zona sensível.

2 - Atendendo aos mesmos pressupostos, eliminou-se a classificação de zonas menos sensíveis nas águas costeiras do continente, com excepção da zona do cabo da Roca/Estoril, onde se localiza a descarga da aglomeração Costa do Estoril, objecto de uma derrogação concedida pela Decisão n.º 2001/720/ CE, de 8 de Outubro.

3 - Atendendo ao carácter conservativo dos nutrientes azoto e fósforo, bem como ao papel determinante de ambos os nutrientes no processo de eutrofização das massas de água e à luz da jurisprudência do Tribunal Europeu de Justiça nesta matéria, entendeu-se conveniente e oportuno determinar a obrigatoriedade de aplicar, simultaneamente para o azoto e para o fósforo, os requisitos a que devem obedecer as descargas de águas residuais urbanas provenientes de aglomerações de dimensão superior a 10 000 e. p., quando localizadas em zonas sensíveis sujeitas a eutrofização. (artigo 7º-A)

4 - Para as zonas em que o critério de identificação decorre do incumprimento de outras directivas comunitárias, indicam-se os parâmetros responsáveis por esse incumprimento, requisitos mínimos indispensáveis para a definição da respectiva tipologia de tratamento.

04/11/10

Águas residuais - legislação


1 - O DL nº 152/97 de 19 de Junho diz respeito a algumas das condições gerais a que a descarga de águas residuais urbanas deve observar. Define as metas temporais e os níveis de tratamento em que se enquadram todos os planos de sistemas de drenagem pública de águas residuais que descarregam nos meios aquáticos.

1.a) Distinga águas residuais domésticas de águas residuais urbanas.
1.b) Explique o significado de 1 e.p.
1.c) O que é a eutrofização ou eutroficação?
1.d) Distinga entre estuário e águas costeiras.
1.e) A quem compete proceder à revisão da identificação de zonas sensíveis e zonas menos sensíveis? De quanto em quanto tempo deve ser feita essa revisão?
1.f) Qual é o destino preferencial para as águas residuais tratadas?
1.g) Quem é a entidade licenciadora da autorização de descargas de águas residuais?
1.h) Qual é o nº mínimo anual de amostras a realizar nas descargas de uma ETAR dimensionada para 30000 e.p. ?
1.i) Identifique todos os parâmetros a controlar e respectivos valores paramétricos.
1.j) O que se entende por "azoto total"?
1.k) Indique as três categorias de zonas sensíveis.
1.l) Quais são as águas costeiras consideradas zonas menos sensíveis?


O quadro nº 2 do anexo I ao DL nº 152/97 foi substituído (clarificado) pelo DL nº 348/98 de 9 de Novembro, publicado apenas para esse efeito.
O DL nº 261/99 de 7 de Julho introduz a coordenação da Directiva transposta (nº91/271/CEE) para as Regiões Autónomas e acrescenta como zonas menos sensíveis todas as águas costeiras dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.


O DL nº 172/2001 de 26 de Maio completa, efectuando a 1ªrevisão, a lista de identificação de zonas sensíveis - águas doces superficiais e estuários.


Diferentes alterações foram introduzidas pelos DL nº149/2004 de 22 de Junho e nº 198/2008 de 8 de Outubro, mas ambos aproveitaram o período máximo de 4 anos para rever a identificação das zonas sensíveis e das zonas menos sensíveis. Continua.

Digam lá outra vez...

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